quarta-feira, 13 de junho de 2012

Desabafo

Penso que a esperança não é a ultima que morre, pois a falta dela descaracteriza o que chamamos de esperança. Moldo minha vida ultimamente a partir da perseverança, acho que ela ocupa o vazio que a tal da esperança cria, e aprendi com vários tropeços que NADA está perdido, então se há vida, a chance ! Costumo me dar a alcunha de guerreiro, pois tenho orgulho de dizer que com meus vinte e alguns anos eu já vivi muitaaaa coisa nessa vida, muita coisa ruim, muitaaaa mesmo, muito mais que eu pude aguentar e vários instantes, mais que qualquer pessoa normal as vezes nunca passaria, mas muita coisa boa, que essencialmente foi conquistada pela vontade e pela perseverança que citei acima !
Eu vivi, eu errei, fui julgado, aclamado, vaiado. Mas imprescindivelmente vive, e não me arrependo de nada e nem em momento algum, pois aquilo que levarei dos dias de hoje são apenas as recordações.

:)  

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Autobiografia

Se eu tivesse que lhe escrever um texto, talvez fosse a minha obra prima. Cada pingo em seu devido "i", cada virgula bem posta em cada palavra a rima.

E ainda assim não seria eu.

De cada poeta, de cada Chico, de cada um se tira aquilo que esperávamos poder ser.

E ainda assim não seria eu.

Se dos mais pobres versos eu lhe fizesse uma música, a mais bela bachiana ou dentro de cada contratempo e tempo a perfeição de uma bela melodia.

Ainda assim não seria eu.

E o tempo passa, dentro de cada melhor, me escondo, observo e nego a cada bendizer do próximo.

Enumero a mim mesmo, tanto e tantos méritos, tantas condecorações de dias passados onde tudo parecia estar ganho e penso o quanto tudo avista o perdido.

De tanto olhar para trás, me perco naquilo que seria ali para frente.

Ainda serei eu ?

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mudanças

As vezes na vida da gente
passa tanta gente,
gente que lembra a gente
que a gente é gente também.

Mas dessa gente,
tem gente
que deixa a gente
tão longe da gente mesmo
que é hora de mudar.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ode a imagem verdadeira

Eis aqui um trovador
que cantas por onde não haverá anseio..

Eis aqui um homem
Que por tanta esperança e por ti
voltas a sorrir

O futuro

Já não me via dentro de mim
Nem meus passos
nem os olhos concentrados
nada parecia o mesmo

Tu que me tirastes desse mundo
Ó dor, que perpetuasse por minha mudança

O vazio, o eterno
flor da vanguarda esperança

Já era o próprio expectador
das recordações vividas
ou até mesmo
daquilo que vieste a viver

O Heroi

E nos mares que navego
aos desafios que me entrego
sobrevivi

Por entre as luzes cintilantes
por entre os brados retumbantes
permaneci


De que adianta ser forte
se de nada trás a sorte
dos ventos tão distantes
a alegria de viver.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O homem e a esmeralda

E Era uma vez, um homem, não um rei, um príncipe, ou alguém importante, era um simples homem, que de si achava que nada valia. E o tempo também não era lá tão longínquo, era ontem, era hoje ou será amanha.
A história, ah a história, essa sim ! Essa sim, não era um conto de fadas, muito menos algo tão miraculoso que atraíria plateias, multidões. Era apenas uma história que poderia ser de qualquer um, ou com quaisquer personagens, então ora bolas, porque não um homem ?
O homem passou a vida miserável, a trás de algo pra se orgulhar, do berço pobre, se tornou culto, se tornou "Doutô", e de suas faculdades mentais, todos se orgulhavam. Era ele o gênio, o ímpio, o maioral.
Mas nada daquilo lhe trazia algo pra se orgulhar, a verdade era que muitas vezes o homem, não enxergava os homens, como homens, se é que me entende.
Então propôs que se encontrasse, algo que simbolizasse felicidade, contudo algo que não fossem palavras, nem esboços de fotografias ou pinturas, algo simples, mas significativo.
E muito se trouxe, elementos descobertos, e toda sua química, doença, cura, política. Tudo lhe era apresentado mas ali no auge de sua vida, nada levava-lhe ao cume. Descrente, triste, cansado principalmente da falta de sentido que tudo lhe trouxe, a falta de pequenos detalhes diante de tantas incógnitas, tudo isso mostrava-lhe não bem sucedido foste aquela vida, mas sim no fracasso que era eminente a teus olhos, ele não era um vencedor, era apenas amargurado, triste, sozinho.
Então retirou-se ao teu acalanto, isolou-se no canto mais só, onde nem o vento com seu assobiar atingia-o mais, e pôs-se a pensar, rever suas teorias, teus feitos e tuas glórias mundanas, tentando quem sabe unir tudo aquilo em um postulado da felicidade.
Anos passaram, seus cabelos já grisalhos e as marcas do tempo, refletiam a desistência do êxito em sua busca, em sua solidão. O homem apenas caminhava, já não pensava, já não vivia mais. Muito se falava na terra de onde vinha que de sábio, nada mais era que um velho, tomado pela loucura e uma tola obsessão.
Naquela que avistava sua ultima caminhada, o homem que já não era homem e sim velho avista uma criança, uma linda menina, de cabelos curtos e sedosos. Para, olha-a e naquele momento avista a felicidade, nas duas esmeraldas precisamente colocadas dentro do frágil rosto. De nada entende aquele sentimento, volta à seu leito, onde nada tirava aquela imagem da sua cabeça, as horas já passavam como locomotivas a todo vapor e deixavam-lhe pra trás ali deitado estático, inapto a decifrar o enigma da pequena esfinge.
Tua aflição aumentara uma vez que  com o sentimento em pratica, não sabia sua origem, e sua ligação com os pequeninos olhos da garotinha., então em momento de insight, recolhe suas coisas e volta à cidade.
Todos estavam espantados e curiosos para ver a grande descoberta, para se conhecer a ciência da felicidade.
Em meio a toda a multidão na praça principal, eis que surge o homem, o velho, o cientista, o gênio outra vez. Como em um passe de mágica descobre o véu de vidro vazio e grita: "Eis a felicidade."
Em meio a sapatos, tomates, vaias, insultos, a multidão dali se dispersou, e a confirmação de que o homem era agora o louco fazia de vez.
Sozinho o homem caminhou um pouco e sorriu, parou diante de teus pés novamente a garotinha, estendendo-lhe a mão pronunciara: "tolos os que buscam a felicidade, sendo que ela esteve sempre dentro de nós".
E caminhou agora não como homem, nem como gênio, nem como louco, mas como um garoto, dos tempos que recordara amar.   

Intorpecido

Parecia-me que todas as luzes do céu projetavam-se no teto do meu quarto.
Não sabia mais distinguir o momento, da sanidade.
E soa como a falta de som na tentativa de gritar.
Veio como se nada daquilo que fora um dia concreto do meu ser estivesse por ali mais.

A quem socorrer-me, pra onde correr ?

É a saudade de algo que nunca aconteceu.
São risos involuntários, em planícies sem anedotas.
É a frenesi do coração que acelera a cada batida.
Era o suor, era a gana era o medo.

E quem era eu ?

Era insano, me toma por dentro.
Era fulo, era amar.