sábado, 12 de setembro de 2015

A tempestade

Nem todo de todo barro se costroi um homem, às vezes escorregamos em poças deixadas pelo caminho, mergulhamos na imensidão que se torna o escuro de cada remendo.
Dias se tornam noites e a escuridão assusta, assim como o vazio que vem com cada trovoada.
Olhar um céu sem estrelas é parecido com buscar forças em um dia difícil. Tudo que esperamos são que as nuvens se dispersem para que os pensamentos voltem ao normal.
A mesma água que lava despenca com a força de cada gota que por vezes nos atinge uma por uma.
Como não olhar para cima e questionar de onde vem toda aquela imensidão, de onde surgiram todos aqueles momentos. E a água de onde vem e pra onde irá.
Tudo que lhe derruba, mesmo com as barras da calça expostas ao barro, tudo que torna cada passo mais pesado, com o peso d'Água, lhe fortalece. A luta só acaba quando as gotas se vão, ou quando não se tem mais estamina para rastejar ao limbo. Levanta-te e volte a caminhar, por todos nós.