terça-feira, 25 de novembro de 2014

A menina e o céu

E ela olhava todas as noites para o alto, esperando ao menos que poucos dos seus desejos viessem a tonam como corpos celestes que caem do céu.
Certo dia vislumbrou uma nova estrela, daquelas que não se nota todos os dias, nem mesmo ela, notou por todos os seus vinte e poucos anos. Dizia a moça que a estrela brilhava para ela, mas de onde se via a cena, não era possível dizer, se o brilho da estrela estava em seus olhos.
Cada dia um novo desejo, um anseio, mas a jovem insistia em subir à janela e esperar pela estrela, esperar pelo céu, como quem almeja a vida.
Dias, talvez meses e anos se passaram. A pequena, faria sempre uma interpretação diferente daquela imensidão escura de cada noite. Experimentou de todos os sentimentos, nos quais os mais difíceis se destacaram.
Até que uma noite, fria, escura, onde a chuva e as nuvens tampavam suas estrelas, ela enxergou novamente o céu, o seu céu, onde tudo parecia fazer de certo algum sentido. Todas as notas dos uivos de cada vento, ou cada suspiro de seus pedidos agora era atendido, por algo de outro mundo, um outro lugar onde talvez se encontrou. E enfim repousou, pois sabia que nem todo paraíso era de todos iguais.