sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

O apartamento

Enfim deitei no chão, entre pelos e desejos meu corpo descansava. De algum lugar o som de velhos blues inspirava.
Abri uma garrafa, entre o tinto e o aroma felino escorreguei as mãos no solo gélido e consistente em busca de acalanto como outrora.
Da janela superior vi não só o céu em seu crepitar, mas vi a vida lá em baixo, carros e transeuntes a passar.
No rebento dos meus anseios desejos, aquilo não deve acabar.
Será, imaginação, dias de glória ou dias em vão ?
 Ali talvez fosse um lugar onde a divindade não ousaria pisar, pois era meu, seu, nosso lugar.

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